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quinta-feira, 27 de março de 2014

Marião na Europa e Auschwitz


E aí pessoas, tudo belezinha?
Hoje tenho dois assuntos para partilhar com vocês. O primeiro é contar que este final de semana passado, entre os dias 22 e 23, tivemos eu e o Daniel, a visita ilustre do Mário Bortoletto e da sua namorada Maria Rosa.
O Mário para quem ainda não conhece, tem um canal no Youtube chamado Marião na Europa. Ele mora na Irlanda, e fala sobre a vida lá, e em especial sobre intercâmbios estudantis, que é o trabalho dele. Se você estiver a fim de fazer intercâmbio, de aprender inglês em outro país, escolha a Irlanda, eu recomendo! E super recomendo o Mário. Fale com ele! E tenho certeza que ele vai ter um orçamento perfeito para os seus sonhos se realizarem...
Bem com a presença deles aqui o final de semana foi mesmo super agradável e divertido! Pessoas maravilhosas, de muita humildade e com uma bagagem gigante de vida. Pessoalmente me enche de gratidão conhecer pessoas assim! Fico tão feliz em ver a presença de uma força Maior que movimenta vida. Que aproxima as pessoas e permite que elas se identifiquem de forma quase sobrenatural... não é exagero não! … É afinidade! E estas são mesmo bem raras em um mundo onde ninguém faz nada senão por algo em troca. A vida com interesses, na espera de pagamentos, de recompensas, fica muito mais chata, escura e infeliz! Então, quando amizades assim acontecem, devem ser celebradas, e expostas, para quem sabe um dia, o ser humano reaprenda sua verdadeira essência e recupere a consciência de ser irmão do próximo e não um concorrente feroz!

Estivemos em Auschwitz (em polonês Oświęcim), pois segundo o Mário era um sonho antigo dele. Ficamos muito felizes de participar deste momento e partilhar o pouco que sabíamos deste lugar. Embora Auschwitz seja odiado por muitos, e isso é justificável, percebo que muitos sonham em conhecer, por curiosidade, por respeito e pela estória sem dúvida essa a maior razão. A atrocidade “daquele homem” e de todos que acreditavam como ele, poder purificar a raça humana! Minha família e eu, juntando algumas peças do quebra-cabeça familiar e da estória da nossa descendência polaca, acreditamos que nossos antepassados eram polacos-judeus. Portanto o holocausto também faz parte da minha estória, e quando se visita este lugar é possível sentir e imaginar como foi tudo aquilo. De verdade é incrível constatar o quanto o lugar ficou mais turístico que a realidade propriamente dita. E embora ainda tenham “sinais” de tudo que aconteceu é possível perceber que houve um certo "preparo" para a visitação de pessoas. Sei que muitos que lerem estas minhas frases, podem me criticar bastante! Ouvi e li muitos dizendo que precisaram de dias para se recuperarem do peso, do clima de Auschwitz. Eu sou extremamente emocional, choro fácil, e embora esta tenha sido a minha segunda visita no local, devo confessar que o sentimento foi bem racional. E todos que estavam junto de mim sentiram o mesmo (segundo me relataram). Não é que trata-se de ser blindado ou coisa parecida. Trata-se de raciocinar os acontecimentos e não se deixar levar por eles!

Um episódio foi bem peculiar... estavamos nós quatro passando pelos blocos (prédios), e era possível fotografar quase tudo! Em um determinado bloco, havia uma solitaria, e este lugar específico não se pode filmar ou fotografar. Eu distraída nem li a placa e continuei fazendo as tomadas para depois editar um video e postar no meu canal. Acabei levando uma bronca homérica de uma guia que quando o Daniel questionou o porquê de não poder fazer imagens ela nos disse: "Milhares de pessoas morreram aqui. Elas morriam em no máximo 2 horas! Você deveria respeitá-las!". Aquilo foi mesmo incrível! Você fotografa toneladas de cabelo humano, verdadeiro que foram cortados e raspados das cabeças destes mesmos dos quais a guia simpáticamente nos cobrou respeito! Há proteses, escovas de dente, penicos, sapatos, roupinhas de bebê. Há fotos de pessoas sendo fuziladas, maltratadas, enforcadas. Há tantos retratos de sofrimento, e o fato de fazer uma imagem de um buraco de concreto é "falta de respeito"??? Opa! Desculpa aí, mas não entendi, pode desenhar?!
E como a Rosa colocou, nós devemos respeitar e ela que ganha dinheiro para contar a história de um massacre sem tamanho, ou possibilidade de medir a proporção da maldade? Aí tudo bem? Ela vive disso!

Hipocrisias à parte, quero só lembrar que a minha opinião e visão das coisas é minha! E faço dela o que bem entendo não é mesmo? Se vc já conheceu o lugar, e tem outra visão; maravilha!

Não pretendo voltar lá tão cedo. Acho mesmo que já vi tudo que precisava ver!
Mas recomendo a todos que tiverem oportunidade!

quarta-feira, 19 de março de 2014

Como cheguei na Polônia para morar?

Parte 3

Depois da viagem de 27 dias pela Europa, visitando e conhecendo 5 países, o que nos restou foi um sentimento “desesperador” de querer voltar e definitivamente não haviam mais qualquer dúvidas que nós queríamos viver fora do Brasil. Mas em qual país? Nós ou mais eu, queríamos Irlanda – Dublin. Talvez eu um pouco auto-influenciada pelo meu primo que já vive lá por alguns bons anos, e por ter passeado bastante com ele por vários lugares e ter me apaixonado pelo país. Mas era necessário tanto dinheiro que estava simplesmente fora do nosso alcance imediato. Então frustrados, resolvemos economizar e ver o que seria no futuro. Mas, em Novembro de 2011 meu marido, Daniel, resolveu que o dinheiro que tínhamos já era o suficiente para ele vir a Polônia. Assim poderia dar entrada na sua confirmação de cidadania polonesa, e depois me mandaria dinheiro para que eu pudesse vir encontrá-lo e juntos decidiríamos se ficávamos aqui ou se partiríamos para outro país.

A idéia dele me fez chorar! E muito! Mas eu concordei porque sabia que não poderia ser mesmo diferente diante da realidade do momento. Quando falamos a idéia a minha sogra, ela prontamente nos ofereceu ajuda, com o objetivo de não nos separar. Assim então nós conseguimos economizar mais dinheiro até a viagem, e partir rumo a realização do nosso sonho!

Próxima postagem, continuação... beijos

Primeiras Impressões sobre a Polônia

Parte 2

Era Janeiro de 2011, e fazia um frio de 13 graus negativos! Eu que nunca tinha saído do Brasil, não poderia imaginar o que é realmente sentir frio! Embora adorando a viagem, quando chegamos na Polônia, meu corpo pedia muitos casacos, um chá quente, muita comida substânciosa e casa! Os passeios eram basicamente no frio. Museus de guerra, parques e muito muito frio. Eu pedia em segredo para ficarmos em cassa descansando no quentinho, mas graças ao meu marido obcecado por 2a. Guerra Mundial, nós fizemos um bom tour da Guerra.. desde Auschwitz, Bikernau (campos de concentrações) até os museus convencionais... Quando embarcamos para o país seguinte, Itália, eu disse: “Não quero nunca mais voltar aqui! O lugar frio!” A comida era agradável, não posso reclamar... especialmente porque já conhecíamos um pouco através da minha sogra que algumas vezes cozinhava comida polonesa para nós. Os poloneses nos receberam muitíssimo bem! Com carinho e muito afeto. Considerando-nos como da própria família, mas aquela Polônia frio e cinza nada me aguadou. Um ano depois eis que eu vinha viver no país que eu afirmei que não viveria de jeito algum!

Bem mas isso é mais uma parte que ficará para próxima postagem.

Senta que lá vem a estória...

Parte 1.

Minha bisavô materno, Julian (conhecido por Julio Cosque) nasceu na Polonia. Foi para o Brasil aos 1 ano e 4 meses de vida! Filho mais novo do casal Juliana Becker e Peter Pietkowski. Passei minha vida ouvindo poucos estórias sobre ele, e menos ainda sobre a Polônia porque devido ele ser tão bebê quando chegou ao Brasil, quase nada minha avó, e outros parentes mais velhos sabiam contar e ou reproduzir. Mas o respeito pela Polônia sempre foi muito vivo na nossa família. A única coisa que eu sempre soube a respeito da nossa relação, meu bisa e eu, é que eu tinha exatos 4 meses de vida quando ele faleceu e que neste curto período que convivemos na mesma casa, ele as vezes cuidava de mim. Ele se sentava, colocava meu carrinho de frente, lia um livro (mesmo sendo cego de um dos olhos) e me observava entre um virar de página e outra. Dizia ele que eu era a única neta, na verdade bisneta, que parecia uma verdadeira polaca! E se querem saber me orgulho tanto disso! Pois hoje eu sinto no meu sangue, e em especial no meu coração esse contato polaco-familiar. Bem a vida deu mil e uma voltas, ninguém nunca sonhou que alguém da minha família pudesse vir parar na Polônia! Mas, a vida, o destino, as missões, Deus... seja lá quem foi ou o que for que você acredita, fez com que eu conhecesse meu marido. Um descendente de polonês direto. Descendente de polonesa na verdade, e eis que tudo se encaminhou. Decidimos realizar nosso sonho de conhecer a Europa em 2010/2011, incluimos a Polônia no roteiro e pudemos saber como era a terrinha dos nossos antes queridos.

Deixem me explicar

Fala Galera!

Eu idealizei fazer um Blog para ajudar e ou registrar o passo a passo, os sentimentos, experiências pré viagem, antes ainda de sair do Brasil. E assim o fiz até o 4o. Post! Que Vergonha! Bom, de lá pra cá muita coisa aconteceu. E será impossível em única postagem escrever tudo. Mas posso aos poucos ir citando um fato aqui outro ali. Uma experiência cá outra lá! Mas para retomar, preciso dar um norte a vocês que não me conhecem, não estiveram comigo, e tão pouco sabem da minha história. Então no próximo post começo a falar um tanto de mim e tudo que vivi até chegar aqui; Cracóvia, Polonia, dia 19 de Março de 2014, às horas!

Beijos e Fique Comigo!

P.S. Feliz Dia do Consumidor, você que está no Brasil!

Cartão de Crédito ou Débito?

Descubrimos o "Visa Travel Money" e o Daniel já fez um cartão para ele. Estamos depositando todo o dinheiro que economizamos neste cartão. Ele funciona como débito no Brasil, mas como crédito no exterior. É um cartão de crédito pré-pago!
Ainda falta fazer o meu...mas logo farei!

Compra das passagens

Tudo planejado, economizando por todo lado...guardando dinheiro e convertendo as moedas, assim vamos seguindo.
Na hora de comprar as passagens, pesquisas e mais pesquisas... Usei o decolar.com como referência, não comprei com eles porque somos um pouco desconfiados destas coisas, mas fechamos a compra na CVC do shopping Iguatemi Campinas, onde tenho uma conhecida muito agradável que nos deu toda a atenção e o valor final foi 20 reais apenas mais caro que o site.
Valeu a pena!
Passagens compradas para o dia 27/05/2012, KLM!